tag:blogger.com,1999:blog-36234722756675032682023-11-15T13:16:03.882-03:00 A BELEZA DAS PALAVRAS Este blog faz parte de uma das atividades do curso - "Melhor Gestão, Melhor Ensino" promovido pela Secretaria da Educação de São Paulo. Nele, você encontrará textos, comentários, depoimentos e citações relativos ao trabalho pedagógico. Desejamos a você uma leitura agradável!emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-2088491260099449042013-06-19T18:28:00.002-03:002013-06-19T20:34:38.229-03:00Tecendo a Manhã<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<strong><span style="color: green; font-family: Euphemia;">João Cabral de Melo
Neto</span></strong><span style="color: green; font-family: Euphemia;"><br />
<br />
Um galo sozinho não tece uma manhã:<br />
ele precisará sempre de outros galos.<br />
De um que apanhe esse grito que ele<br />
e o lance a outro; de um outro galo<br />
que apanhe o grito de um galo antes<br />
e o lance a outro; e de outros galos<br />
que com muitos outros galos se cruzem<br />
os fios de sol de seus gritos de galo,<br />
para que a manhã, desde uma teia tênue,<br />
se vá tecendo, entre todos os galos.</span><br />
<span style="color: green; font-family: Euphemia;">E se encorpando em tela,
entre todos,<br />
se erguendo tenda, onde entrem todos,<br />
se entretendendo para todos, no toldo<br />
(a manhã) que plana livre de armação.<br />
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo<br />
que, tecido, se eleva por si: luz balão.</span>emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-1960252793259629392013-06-12T19:37:00.001-03:002013-06-12T19:37:50.672-03:00<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background: white; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">QUEM NÃO TEM NAMORADO</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt;"> Quem não tem namorado é alguém que tirou férias
remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil
porque namoro de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de
saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white;"><div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"> Paquera, gab</span><span class="textexposedshow" style="font-size: 10pt;">iru,
flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas, namorado, mesmo, é
muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas aquele a quem se
quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase
desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida ou
bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem
namorado, não é que não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se
você tem pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo
assim pode não ter um namorado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<span class="textexposedshow" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"> Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva,
cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no
trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem
vontade de virar sorvete ou lagartixa é quem ama sem alegria. Não tem namorado
quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a
felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar.</span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="textexposedshow" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"> Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos
dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no
muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou
Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a
meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô,
bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.</span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="textexposedshow" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"> Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado,
fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de
falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro
dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem
namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para
parques, fliperamas, beira d’agua, show do Milton Nascimento, bosques
enluarados, ruas de sonhos e musical da Metro.</span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="textexposedshow" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"> Não tem namorado quem não tem música secreta com
ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não chateia com o
fato de o seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem
gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu
o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia
de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se
dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo
sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão
com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de
si mesmo, e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não
descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e
de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o
ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de
esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e
descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem
passe debaixo da janela.</span></div>
</span>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="textexposedshow" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 10pt;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10pt;"> Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba
licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de
flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola
falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira. Se você não tem namorado
é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar
e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça.’</span></div>
</span></span><br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: right;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> Carlos Drummond de Andrade </span></span><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-8395435062653075512013-06-06T17:46:00.001-03:002013-06-06T17:46:13.057-03:00<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">Cecília
Meireles</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">Ai,
palavras, ai, palavras,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">que
estranha potência, a vossa!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">Ai que
palavras, ai, que palavras,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">Ai,
palavras, ai, palavras,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">sois de
vento, ides no vento,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">no vento
que não retorna,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">e, em tão
rápida existência,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3399ff; font-family: Euphemia;">tudo se
forma e transforma!</span></div>
emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-88228125303446233292013-06-06T13:07:00.000-03:002013-06-10T22:15:54.631-03:00<span style="color: orange;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Clarice Lispector</span> </span></span></span><br />
<br />
<span style="color: orange;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;">HÁ MOMENTOS</span></span></span><br />
<span style="color: orange;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Há momentos na vida em que sentimos tanto</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">a falta de alguém que o que mais queremos</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">é tirar esta pessoa de nossos sonhos</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">e abraçá-la.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Sonhe com aquilo que você quiser.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Seja o que você quer ser,</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">porque você possui apenas uma vida</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">e nela só se tem uma chance</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">de fazer aquilo que se quer.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Dificuldades para fazê-la forte.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Tristeza para fazê-la humana.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">E esperança suficiente para fazê-la feliz.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">As pessoas mais felizes</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">não têm as melhores coisas.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Elas sabem fazer o melhor</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">das oportunidades que aparecem</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">em seus caminhos.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">A felicidade aparece para aqueles que choram.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Para aqueles que se machucam.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Para aqueles que buscam e tentam sempre.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">E para aqueles que reconhecem</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">a importância das pessoas que passam por suas vidas.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">O futuro mais brilhante</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">é baseado num passado intensamente vivido.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Você só terá sucesso na vida</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">quando perdoar os erros</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">e as decepções do passado.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><br style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;" /></span>
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">duram uma eternidade.</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">A vida não é de se brincar</span></span><br />
<span style="color: orange;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">porque um belo dia se morre.</span></span><br />
<span style="color: #e06666;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-50864611485816634782013-06-06T07:22:00.003-03:002013-06-06T07:22:56.691-03:00Para ser grande, sê inteiro:<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Cambria; font-size: 13.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">" </span>Para ser
grande, sê inteiro: nada<br />
Teu exagera ou exclui.<br />
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és<br />
No mínimo que fazes.<br />
Assim em cada lago a lua toda<br />
Brilha, porque alta vive"</span><span style="font-family: Cambria; font-size: 13.0pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Cambria; font-size: 14.0pt;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Cambria; font-size: 13.0pt;"> </span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Cambria; font-size: 13.0pt;">Fernando Pessoa</span></i></div>
emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-16496641294339628052013-06-05T20:59:00.002-03:002013-06-05T21:14:05.258-03:00É fácil trocar as palavras...<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<h2>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: blue; font-size: small;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">"É
fácil trocar as palavras,<br />
Difícil é interpretar os silêncios!<br />
É fácil caminhar lado a lado,<br />
Difícil é saber como se encontrar!<br />
É fácil beijar o rosto,<br />
Difícil é chegar ao coração!<br />
É fácil apertar as mãos,<br />
Difícil é reter o calor!<br />
É fácil sentir o amor,<br />
Difícil é conter sua torrente!<br />
<br />
Como é por dentro outra pessoa?<br />
Quem é que o saberá sonhar?<br />
A alma de outrem é outro universo<br />
Com que não há comunicação possível,<br />
Com que não há verdadeiro entendimento.<br />
<br />
Nada sabemos da alma<br />
Senão da nossa;<br />
As dos outros são olhares,<br />
São gestos, são palavras,<br />
Com a suposição. (Fernando Pessoa)</span></span></span><span style="font-size: 12.0pt;"></span></span></h2>
emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-32650899420546749042013-06-04T22:09:00.002-03:002013-06-05T22:00:20.114-03:00O prazer da leitura<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><i><span style="color: purple;">Rubem Alves </span></i><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<h3>
<span style="color: #660066; font-size: 12.0pt;">
</span><i><span style="color: #660066; font-family: Euphemia; font-size: 12.0pt;">Gaiolas
ou Asas – A arte do voo ou a busca da alegria de aprender</span></i><span style="color: #660066; font-size: 12.0pt;"><br />
Porto, Edições Asa, 2004.</span><span style="color: #660066; font-family: Euphemia; font-size: 12.0pt;"></span></h3>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<i><u><span style="color: #663366; font-family: Euphemia;">Excertos adaptados</span></u></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Alfabetizar é ensinar a ler. A palavra alfabetizar
vem de "alfabeto". "Alfabeto" é o conjunto das letras de uma
língua, colocadas numa certa ordem. É a mesma coisa que "abecedário".
A palavra "alfabeto" é formada com as duas primeiras letras do
alfabeto grego: "alfa" e "beta". E "abecedário",
com a junção das quatro primeiras letras do nosso alfabeto: "a",
"b", "c" e "d". Assim sendo, pensei a
possibilidade engraçada de que "abecedarizar", palavra inexistente,
pudesse ser sinónimo de "alfabetizar"...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">"Alfabetizar", palavra aparentemente
inocente, contém a teoria de como se aprende a ler. Aprende-se a ler aprendendo-se
as letras do alfabeto. Primeiro as letras. Depois, juntando-se as letras, as
sílabas. Depois, juntando-se as sílabas, aparecem as palavras...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">E assim era. Lembro-me da criançada a repetir em
coro, sob a regência da professora: "bê-á-bá; bê-e-bê; bê-i-bi; bê-ó-bó;
bê-u-bu"... Estou a olhar para um postal, miniatura de um dos cartazes que
antigamente se usavam como tema de redacção: uma menina deitada de bruços sobre
um divã, queixo apoiado na mão, tendo à sua frente um livro aberto onde se vê "fa",
"fe", "fi", "fo", "fu"...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Se é assim que se ensina a ler, ensinando as
letras, imagino que o ensino da música se deveria chamar
"dorremizar": aprender o dó, o ré, o mi... Juntam-se as notas e a
música aparece! Posso imaginar, então, uma aula de iniciação musical em que os
alunos ficassem a repetir as notas, sob a regência da professora, na esperança
de que, da repetição das notas, a música aparecesse...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Todo a gente sabe que não é assim que se ensina
música. A mãe pega no bebé e embala-o, cantando uma canção. E a criança percebe
a canção. O que o bebé ouve é a música, e não cada nota, separadamente! E a
evidência da sua compreensão está no facto de que ele se tranquiliza e dorme –
mesmo nada sabendo sobre notas!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Eu aprendi a gostar de música clássica muito antes
de saber as notas: a minha mãe tocava-as ao piano e elas ficaram gravadas na
minha cabeça. Somente depois, já fascinado pela música, fui aprender as notas –
porque queria tocar piano. A aprendizagem da música começa como percepção de
uma totalidade – e nunca com o conhecimento das partes.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Isto é verdadeiro também sobre aprender a ler. Tudo
começa quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que moram
dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a
história. A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das letras:
quando alguém lê e a criança escuta com prazer. A criança volta-se para aqueles
sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los, compreendê-los – porque
eles são a chave que abre o mundo das delícias que moram no livro! Deseja
autonomia: ser capaz de chegar ao prazer do texto sem precisar da mediação da
pessoa que o está a ler.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Num primeiro momento, as delícias do texto
encontram-se na fala do professor. Usando uma sugestão de Melanie Klein, o
professor, no acto de ler para os seus alunos, é o "seio bom", o
mediador que liga o aluno ao prazer do texto. Confesso nunca ter tido prazer
algum em aulas de gramática ou de análise sintáctica. Não foi nelas que aprendi
as delícias da literatura. Mas lembro-me com alegria das aulas de leitura. Na
verdade, não eram aulas. Eram concertos. A professora lia, interpretava o
texto, e nós ouvíamos, extasiados. Ninguém falava.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Antes de ler Monteiro Lobato, eu ouvi-o. E o bom
era que não havia exames sobre aquelas aulas. Era prazer puro. Existe uma
incompatibilidade total entre a experiência prazerosa da leitura – experiência
vagabunda! – e a experiência de ler a fim de responder a questionários de
interpretação e compreensão. Era sempre uma tristeza quando a professora
fechava o livro...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Vejo, assim, a cena original: a mãe ou o pai, livro
aberto, a ler para o filho... Essa experiência é o aperitivo que ficará para
sempre guardado na memória afectiva da criança. Na ausência da mãe ou do pai, a
criança olhará para o livro com desejo e inveja. Desejo, porque ela quer
experimentar as delícias que estão contidas nas palavras. E inveja, porque ela
gostaria de ter o saber do pai e da mãe: eles são aqueles que têm a chave que
abre as portas de um mundo maravilhoso!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Roland Barthes faz uso de uma linda metáfora
poética para descrever o que ele desejava fazer, como professor: <i><span style="font-family: Euphemia;">maternagem</span></i> – continuar a fazer aquilo
que a mãe faz. É isso mesmo: na escola, o professor deverá continuar o processo
de leitura afectuosa. Ele lê: a criança ouve, extasiada! Seduzida, ela pedirá: <i><span style="font-family: Euphemia;">Por favor, ensine-me! Eu quero poder entrar no
livro por minha própria conta...</span></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Toda a aprendizagem começa com um pedido. Se não
houver o pedido, a aprendizagem não acontece. Há aquele velho ditado: <i><span style="font-family: Euphemia;">É fácil levar a égua até ao meio do ribeirão. O
difícil é convencer a égua a beber.</span></i> Traduzido pela Adélia Prado: <i><span style="font-family: Euphemia;">Não quero faca nem queijo. Quero é fome.</span></i>
Metáfora para o professor.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Todo o texto é uma partitura musical. As palavras
são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele domina a técnica, se ele
desliza sobre as palavras, se ele está possuído pelo texto – a beleza acontece.
E o texto apossa-se do corpo de quem ouve. Mas se aquele que lê não domina a
técnica, se luta com as palavras, se não desliza sobre elas – a leitura não
produz prazer: queremos logo que ela acabe.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Assim, quem ensina a ler, isto é, aquele que lê
para que os seus alunos tenham prazer no texto, tem de ser um artista. Só
deveria ler aquele que está possuído pelo texto que lê. Por isso eu acho que
deveria ser estabelecida nas nossas escolas a prática dos "concertos de
leitura". Se há concertos de música erudita, jazz – por que não concertos
de leitura? Ouvindo, os alunos experimentarão o prazer de ler.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">E acontecerá com a leitura o mesmo que acontece com
a música: depois de termos sido tocados pela sua beleza, é impossível esquecer.
A leitura é uma droga perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler, a
culpa não é só deles. Foram forçados a aprender tantas coisas sobre os textos –
gramática, usos da partícula "se", dígrafos, encontros consonantais,
análise sintáctica – que não houve tempo para serem iniciados na única coisa
que importa: a beleza musical do texto. E a missão do professor?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Acho que as escolas só terão realizado a sua missão
se forem capazes de desenvolver nos alunos o prazer da leitura. O prazer da
leitura é o pressuposto de tudo o mais. Quem gosta de ler tem nas mãos as
chaves do mundo. Mas o que vejo a acontecer é o contrário. São raríssimos os
casos de amor à leitura desenvolvido nas aulas de estudo formal da língua.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Paul Goodman, controverso pensador norte-americano,
diz: <i><span style="font-family: Euphemia;">Nunca ouvi falar de nenhum método
para ensinar literatura (humanities) que não acabasse por matá-la. Parece que a
sobrevivência do gosto pela literatura tem dependido de milagres aleatórios que
são cada vez menos frequentes.</span></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Vendem-se, nas livrarias, livros com resumos das
obras literárias que saem nos exames. Quem aprende resumos de obras literárias
para passar, aprende mais do que isso: aprende a odiar a literatura.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Euphemia;"><br />
<span style="color: #663366;">Sonho com o dia em que as crianças que lêem os meus
livrinhos não terão de analisar dígrafos e encontros consonantais e em que o
conhecimento das obras literárias não seja objecto de exames: os livros serão
lidos pelo simples prazer da leitura.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-9956059207218752532013-06-04T22:07:00.001-03:002013-06-05T21:57:26.916-03:00O contador de histórias<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<h3>
<i><span style="color: #3366ff; font-family: Constantia; font-size: 12.0pt;">Henri Gougaud </span></i></h3>
<div class="MsoNormal">
<i></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">Yacoub
era pobre, mas despreocupado e feliz, livre como um saltimbanco, sonhando
sempre cada vez mais alto. Em boa verdade, estava apaixonado pelo mundo. Porém,
o mundo à sua volta parecia-lhe sombrio, brutal, seco de coração, de alma
obscura, e ele sofria com isso. «Como», perguntava-se, «fazer com que seja
melhor? Como trazer à bondade estes tristes que vão e vêm sem olharem para os
seus semelhantes?» Ruminava estas perguntas pelas ruas de Praga, a sua cidade,
vagueando e saudando as pessoas que, no entanto, não lhe respondiam. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">Ora, uma
manhã, quando atravessava uma praça cheia de sol, teve uma ideia. «E se lhes
contasse histórias?», pensou. «Assim, eu, que conheço o sabor do amor e da
beleza, ajudá-los‑ia certamente a encontrar a felicidade.» Pôs-se em cima de um
banco e começou a falar. Os velhos, as mulheres e as crianças, admirados,
pararam um momento a ouvi-lo, mas depois viraram-lhe as costas e prosseguiram o
seu caminho. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">Yacoub,
achando que não podia mudar o mundo num dia, não perdeu a coragem. No dia
seguinte voltou àquele mesmo lugar, e de novo lançou ao vento, com voz forte,
as mais comoventes palavras. Outras pessoas pararam para o ouvir, mas em número
menor do que na véspera. Alguns riram-se dele. Houve mesmo quem lhe chamasse
louco, mas não quis prestar atenção. «As palavras que semeio germinarão.»,
pensou. «Um dia entrarão nos espíritos e acordá-los-ão. Tenho de falar, falar
mais ainda.» </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">Teimou,
pois, e dia após dia voltou à grande praça de Praga para falar ao mundo, contar
maravilhas, oferecer aos seus semelhantes o amor que sentia. Todavia, os
curiosos tornaram-se cada vez mais raros, desapareceram quase todos e, em
breve, apenas falava para as nuvens, o vento e as silhuetas apressadas, que já
só lhe lançavam uma olhadela de espanto à medida que passavam. No entanto, não
desistiu. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">Descobriu
que não sabia nem desejava fazer outra coisa que não fosse contar as suas
histórias, mesmo que estas não interessassem a ninguém. Começou a dizê-las de
olhos fechados, pela única felicidade de as ouvir, sem se preocupar em ser
ouvido. Sentiu-se bem e a partir dali só falava assim: de olhos fechados. As
pessoas, temendo relacionar-se com as suas extravagâncias, deixaram-no só, com
as suas histórias, e habituaram-se, assim que ouviam a sua voz lançada ao
vento, a evitar a esquina da praça onde Yacoub se encontrava. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">Assim, os
anos foram passando. Ora, numa noite de Inverno, enquanto – sob um crepúsculo
indiferente – contava um conto prodigioso, sentiu que alguém o puxava por uma
manga. Abriu os olhos e viu uma criança, que, fazendo uma careta engraçada, lhe
disse, esticando-se nas pontas dos pés: </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;"><br />
— Não vês que ninguém te ouve, nunca te ouviu e jamais te ouvirá? O que te
levou a viveres assim a vida? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;"><br />
— Estava louco de amor pelos meus semelhantes — respondeu Yacoub. — Foi por
isso que, no tempo em que ainda não eras nascido, me veio o desejo de os tornar
felizes. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">O miúdo
replicou: </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;"><br />
— Pois bem, pobre louco, e eles são-no? </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">— Não —
disse Yacoub, abanando a cabeça. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;"><br />
— Por que razão teimas então? — perguntou ternamente a criança, tomada de
repentina piedade. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;">Yacoub
reflectiu por instantes. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;"><br />
— Eu conto sempre, é claro, e contarei até morrer — disse. — Dantes, contava
para mudar o mundo. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;"><br />
Calou-se; depois o seu olhar iluminou-se, e acrescentou: </span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #3366ff; font-family: Constantia;"><br />
— Hoje, conto para que o mundo não me mude, a mim. </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-54607117062759316172013-06-02T16:58:00.001-03:002013-06-05T21:56:04.542-03:00Um livro<br />
<div class="MsoNormal">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
</div>
<h3 style="tab-stops: 108.75pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: green; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Luísa Dacosta<span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: green; font-family: Euphemia; font-size: 12.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;"></span></i></h3>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: green; font-family: Euphemia;">Desejas um
tapete mágico que, num abrir e fechar de olhos, te leve aos confins da Terra? <br />
Uma máquina de viajar no tempo, para o futuro a haver, desconhecido, para o
passado histórico ou para aquele em que os animais falavam? <br />
Companheiros para correrem contigo a aventura de mares ignorados e de ilhas que
os mapas não registam?<br />
Conhecer mundos para além do nosso sistema solar, a anos-luz da nossa galáxia,
sem necessidade de foguetão? <br />
Saber a idade de uma pedra ou os mistérios da realidade, das águas, dos bichos,
dos pássaros e das estrelas?<br />
Descobrir a arca encantada, onde se guardam os vestidos "cor do
tempo", das princesas de "era uma vez", aquelas que se
transformavam em pombas ou dormiam em caixões de cristal, à espera que o príncipe
viesse despertá-las? <br />
Desfolhar as pétalas do sonho no país da noite?<br />
Abre um livro.<br />
Um livro é tudo isso de cada vez e, às vezes, ao mesmo tempo. Um livro
permite-te contactar com outras imaginações, outras sensibilidades.<br />
É a possibilidade de estares noutros lugares, sem abandonares o teu chão, de
ouvires pulsar outros corações, de vestires a pele humana de outro ou outros.
Sem deixares de ser tu. <br />
E com o livro a varinha de condão não está na mão das fadas, está em teu poder.
<br />
É do teu olhar, de cada vez que te dispões a ler, que nascem aqueles mundos,
caleidoscópicos, de maravilha – e só desaparecem quando fechas o livro. <br />
Mas, a um gesto do teu querer, voltarão a surgir sempre, sempre, sempre…</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-21268398297598782832013-06-02T16:51:00.000-03:002013-06-05T21:59:40.955-03:00A arte de educar<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<h2 style="text-align: left;">
<span style="color: #073763;"><i><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;">Rubem Alves</span></span></i> </span></h2>
<span style="color: #000099;">Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.<br />
O educador diz: “Veja!” – e, ao falar, aponta.</span><br />
<span style="color: #000099;"><br />
O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande.
Ele fica mais rico interiormente…</span><br />
<br />
<span style="color: #000099;">E ficando mais rico interiormente ele pode
sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.</span><br />
<br />
<span style="color: #000099;">Já li muitos livros sobre psicologia da
educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me
esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à
importância do olhar na educação, em qualquer deles.</span><br />
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #000099;">A primeira tarefa da educação é ensinar a ver…</span></i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #000099;"></span></i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #000099;"><br />
</span></i><span style="color: #000099;">É através dos olhos que as crianças
tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo…<br />
Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.</span><br />
<br />
<span style="color: #000099;">A educação se divide em duas partes: educação
das habilidades e educação das sensibilidades… Sem a educação das
sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.</span><br />
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #000099;">Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria
nos dá razões para viver.</span></i></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #000099;">Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos
encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o
início do pensamento… a capacidade de se assombrar diante do banal.</span></i></b><br />
<span style="color: #000099;"><br />
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de
caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião
na terra. Coisas que os eruditos não vêem.</span><br />
<br />
<span style="color: #000099;">Na escola eu aprendi complicadas classificações
botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. E nenhum professor jamais
chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore… ou para o curioso das
simetrias das folhas. Parece que naquele tempo as escolas estavam mais
preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade
para a qual elas apontam.</span><br />
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #000099;">As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo
melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.</span></i></b><br />
<br />
<span style="color: #000099;">Há muitas pessoas de visão perfeita que nada
vêem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.</span><br />
<br />
<span style="color: #000099;">Quando a gente abre os olhos, abrem-se as
janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente.</span><br />
<span style="color: #000099;">São as crianças que, sem falar, nos ensinam as
razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o
essencial da vida.</span><br />
<br />
<span style="color: #000099;">Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir
e não se torna como criança jamais será sábio.(Rubem Alves)</span>emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3623472275667503268.post-8125354439495393132013-06-02T16:47:00.000-03:002013-06-05T21:55:14.253-03:00Depoimentos e Comentários entre cursistas no fórum - Leitura e Escrita<div>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;">Olá Ana Maria!</span></div>
<div>
<span style="font-size: small;">Vejo que temos algo em comum;
meu pai também contava histórias para mim e para minhas irmãs todas as
noites antes de dormimos. Quando li o que escreveu sobre plantar "uma
sementinha", me lembrei da minha irmã Daniela, que se tornou uma
contadora de histórias como nosso pai. Hoje é ela quem nos conta
histórias, e meu pai adora ouvi-la!! as vezes ele até brinca com ela
dizendo que ela aumenta os fatos, mas não deixa de ouvir atento!!</span></div>
<div>
<span style="font-size: small;">Com certeza muitos de seus alunos(as) se tornarão leitores e contadores de histórias!!</span></div>
<div>
<div>
<span style="font-size: small;">É verdade Ana Maria, minha irmã aumenta as histórias que conta
deixando-as mais engraçadas e emocionates, mas quem não faz isso?
Ninguém conta uma história ou um fato da mesma forma...Não é?</span></div>
<div>
<span style="font-size: small;">Quanto
às suas "sementinhas" Parabéns!! Infelizmente, meus alunos ainda leem
pouco, mas percebi que muitos gostam de ler e ouvir quando leio para
eles, espero conseguir despertar o interesse deles e o hábito da
leitura, que acredito ser uma das principais responsabilidades do
professor(a) de Língua Portuguesa.</span></div>
<div>
<div>
<span style="font-size: small;">Olá Daniele!</span></div>
<div>
<span style="font-size: small;">Também me identifiquei com o depoimento da
Danuza, sobretudo, quando ela diz que lê dicionários!! adoro ler
dicionários de língua Portuguesa e alemã, pois adoro conhecer e aprender
palavras!!</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">Oi Karen!</span> </span><br />
<br />
<div>
<span style="font-size: small;">É
verdade, que poucos pais leem para seus filhos. Ah, se eles soubessem o
quanto eles contribuiriam para o desenvolvimento intelectual e humano
de seus filhos! Conheço crianças muito inteligentes, autonômas,
criativas e sensíveis à linguagem oral, à escrita e à música, graças a
motivação dos pais, mas também conheço crianças ainda muito dependentes,
o que comprova que o contato com a leitura, a escrita, a música, os
jogos, como por exemplo, com o quebra-cabeça, desde os primeiros meses,
contribuem para a formação plena da criança. Além da criança
desenvolver, por meio da leitura, o reconhecimento de si, do outro e do
mundo e conseguir colocar-se nesse mundo como sujeito crítico, autônomo e
solidário. </span></div>
<span style="font-size: small;">As
crianças sentem-se estimuladas e curiosas quando ouvem histórias e têm
contato com as imagens dos livros, como muitos de nós, professores,
relatamos aqui neste curso e como muitos escritores e </span><br />
<span style="font-size: small;"> pesquisadores
afirmaram em seus artigos e relatos. </span></div>
<div>
<table><tbody>
<tr><td style="width: 20px;"></td><td><table class="msg-tree-box default_border color_medium" style="width: 100%;"><tbody>
<tr><td class="msg-tree-msg-header msg-tree-msg-header-grader" style="width: 50%;"><br /></td><td class="postdate_area" style="text-align: right; width: 50%;"><br /></td></tr>
<tr align="left"><td class="message_viewing_area color_light" colspan="2" style="width: 100%;"><div>
<br /></div>
<div>
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<br />
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span>
</div>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
</div>
emgrupobloghttp://www.blogger.com/profile/15054503843354987355noreply@blogger.com0